Dia da Mulher



Hoje é dia da mulher. Mas todo dia é dia da mulher, salvo aquele 1/4 de dia voltado ao futebol e à cerveja...

Parabéns, queridíssima leitora, que admiro tanto e meu sentimento chega a ser maior que a própria amizade que lhe guardo. Admito, fascina-me!

A atração é forte. O sexo... Tudo mágico, maravilhoso, estonteante. Paixão, fulminante, que cresce mais a cada dia num pobre e confuso coração. É a tal da paixão do amor... Viver o amor por uma só mulher, junto ao desejo de ser amado com exclusividade por ela; entretanto, é prudente e, sobretudo, sublime também o amor à várias mulheres.

A mulher de minha vida!

Ainda que haja sofrimento e inquietação, a minha alma está em contínuo aprendizado e o leque da vida se abre espetando fina agulha nesta mesma alma, costurando assim o manto de retalhos que me cobre.

São pontos de agulha enfiada à flor da pele, que tira sangue muito vermelho e que não se estanca com facilidade. Mas, e para vossa senhoria, estimado senhor leitor; qual a linha que remenda sua alma? A dona leitora é mais sábia, percebe e ajusta as fardagens antes que se rasguem...

A mulher é o diamante bruto e o diamante lapidado; o primeiro a descobrimos é o diamante bruto, depois percebemos, quando o diamante é lapidado, que estávamos enganados. Boa teoria. Uma corruptela!

Antes eu era incapaz de compreender o pensamento feminino, logo, incapaz de compreender a parte verdadeiramente bela deste mundo. Ó manto de rendas, que tanto fascinas! Mais tarde eu, por certo, constatarei irrefutavelmente: cada mulher que conheci dará um ponto de agulha para emendar esta minha alma rasgada...

Sendo sincero à minha amiga, de todas estas mulheres que conheci e conhecerei eu menti e mentirei, enganei e enganarei, dissimulei e dissimularei, mas, possivelmente, mentiram-me e mentirão a mim, enganaram-me e enganarão ou foram e serão desleais comigo. Ainda assim, quero viver tudo que já vivi e tudo que nem mesmo vivenciei ainda, tudo novamente, se isto me for concedido.

Talvez a minha esperança seja enterrar as mulheres que tanto amei ou ainda amarei, posto que mais à frente a vida não vá me reconhecer... E eu não quero ficar velho caçando algum pensamento passado que não arranje jeito de se encontrar com minhas adoráveis e tão encantadoras amigas que tanto impressionam-me. Deveras, querida leitora, impressionas tanto ou mais que aquelas tecelãs nova-iorquinas mortas, terrivelmente carbonizadas num incêndio provocado por homens incapazes de compreender a alma feminina, em 8 de março de 1857.

Enfim, a vida continua a girar e estarei sempre com minhas queridas mulheres; ou, falando de uma outra maneira, todos nós estamos sempre entre dois caminhos. Um mais possível que o outro, mas sempre entre dois caminhos.

- De onde eu te conheço?

- Dos teus sonhos, talvez!

- E o que quer fazer pelo resto de seus dias?

- Hum... É; não sei. Mas sei o que faremos hoje!

- Garota bonita, fica comigo...

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Por Ricardo Novais

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