Opressor "Uraniano"

O governo brasileiro estendeu tapete vermelho ao ditador iraniano Mahmound Ahmadinejad, anapluro social internacional que nega a existência do Holocausto (extermínio de mais de 6 milhões de judeus indefesos pela Alemanha nazista).

Há uma ingenuidade, para não dizer outra coisa, do presidente Lula ao argumentar que a visita de Ahmadinejad elevará a projeção da diplomacia brasileira.

O governo, cada vez mais mal aconselhado pela banda aloprada que comanda sua política externa, defende as honras de Estado e dá palanque a um homem que ceifa a vida de seu próprio povo, que é patrocinador do terrorismo internacional e um monstro desprezível que nega a existência de um dos fatos mais tenebrosos e horríveis já acontecidos na face da terra: o sofrimento do povo judeu pelo regime "cientificista" anti-semita de Adolfo Hitler e de seus aliados nazi-fascistas.

Este opressor iraniano, tão bem quisto entre alguns brasileiros, é acusado ainda de deter reservas de urânio em seu país. Uma mente doente, como a do líder do Irã, ter disponível um material tão perigoso como este é uma afronta à humanidade e pode ter graves consequências.
O Presidente do Irã critica os EUA por sua postura exclusivista apoiando Israel na 'Guerra Santa'. Ahmadinejad odeia o povo israelense. Por extensão, também odeia todo o povo ocidental.
Nenhuma guerra, por mais insana que ela seja, justifica a falta de humanidade com aqueles nos quais temos desavenças ou diferenças (ainda que extremamente vitais, de convicção de verdade ou conceito de sociedade. Nem na guerra mais 'justa' nem na guerra mais suja pode-se quebrar um código de honra simples: respeito ao inimigo, por pior que ele seja.
Olho para um senhor de 89 anos, Anastácio Staneslavo, de cadeira de rodas, polaco de ascendência judia, morador do bairro de Botafogo, no Rio, chorando e decepcionado com o País que lhe acolheu depois que ele - juntamente com pequena parte da família que conseguiu se salvar, todos apenas com as roupas do corpo e a própria esperança, nada mais - fugindo de sua terra invadida por tropas nazistas, abrigou-se aqui para puder criar, com a alegria que lhe restou, os filhos, os netos e os bisnetos.

Desgraçadamente, o Brasil está tripudiando sobre o orgulho de 'Seu' Anastácio, e também sobre a memória de homens e mulheres, crianças que nem mesmo chegaram a vingar porque foram enterradas numa cova rasa nazista, e de todo um povo guerreiro, inocentes que cruzaram o Atlântico para tentarem a sorte numa terra estrangeira e acabaram por ajudar a construir esta Nação, com a aparência de democrática, na qual vivemos hoje - ao menos por enquanto ainda parece que é democrática... Ou não?
Uma saudação a todos judeus do mundo inteiro, em memória de todos os que morreram no holocausto ou fugindo dele e especialmente à alma dos que deram a vida para honra de seu povo no 'Levante de Varsóvia!'




Por RICARDO NOVAIS
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Fontes de pesquisa desta crônica: * As imagens são de divulgação.* Informações: História Geral, Editora Michalany, Curitiba-PR, 1986; Blog de jornalismo da Mia Palenza; arquivo do site do jornal O Estado de São Paulo; e da Revista de História da Biblioteca Nacional.
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